Um dos maiores símbolos da Paris Contemporânea, o famoso Centre Pompidou está completando 40 anos!!!
E o {CASA)³ preparou uma merecidíssima homenagem a este ícone da arquitetura High-Tech mundial.
Bem vindo!!!

Alessandra Palmezan, nossa arquiteta do {CASA)³, em visita ao Centre Pompidou. Foto: Ana Cristina Antunes
Primeiramente, para ficarmos mais à vontade, vamos chamar o complexo pelo nome que os próprios parisienses usam: Beaubourg. Eles dizem:
“Vamos ao Beaubourg?”
Este é o nome da região onde está localizado o edifício.

VISTA DA REGIÃO DE BEAUBOURG. Foto: © Centre Pompidou

VISTA DA REGIÃO DE BEAUBOURG. Foto: NJIT
CENTRE POMPIDOU
POLICULTURAL
O Beaubourg foi concebido para ser um complexo cultural, um edifício multifuncional onde as artes visuais caminham junto com o design, arquitetura, fotografia e novas mídias.
Um espaço que pudesse sediar um dos maiores museus do planeta, com a primeira e maior coleção de arte moderna e contemporânea da Europa – Musée National d´Art Moderne.

O BEAUBOURG TEM A MAIOR COLEÇÃO DE ARTE MODERNA E CONTEMPORÂNEA DA EUROPA. Foto: © Centre Pompidou – P. Migeat

AS VERNISSAGES SÃO CONSTANTEMENTE RENOVADAS. Foto: Manolo Blanco

CERCA DE VINTE EXPOSIÇÕES MONOGRÁFICAS SÃO ORGANIZADAS A CADA ANO. Foto: Francis Toussaint
Mas também uma imensa biblioteca pública, com wi-fi gratuito – Bibliothèque Publique d´Information, um centro de informação e pesquisa documental – Bibliothèque Kandinsky, salas de shows e cinema e um instituto de pesquisa musical – Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique, além de áreas dedicadas à recreação, livrarias, loja, restaurante e café.

ESTA FOI A PRIMEIRA BIBLIOTECA PÚBLICA DE PARIS. Foto: parisporpaulopereira.com

A BIBLIOTECA TEM MAIS DE 2.000 POSTOS DE TRABALHO E WI-FI GRATUITO. Foto: parisporpaulopereira.com

O COMPLEXO CONTA COM ÁREAS DEDICADAS À RECREAÇÃO… Foto: Francis Toussaint

… ALÉM DE LIVRARIAS, LOJA, RESTAURANTE E CAFÉ. Foto: Edson Maiero
O projeto foi escolhido através de um concurso idealizado pelo então presidente da França (1969 – 1974), Georges Pompidou. Inserido em um momento de crise da arquitetura moderna, o edifício industrial teve um gigantesco impacto sobre a população e foi motivo de recorrentes polêmicas entre arquitetos, políticos e parisienses. Não apenas pela sua concepção estética e projetual, mas também pela escolha dos arquitetos (Renzo Piano, Richard Rogers e Gianfranco Franchini), praticamente desconhecidos na época.
ARQUITETURA
HIGH-TECH
O High-Tech, abreviatura de high technology, começou a ser uma tendência arquitetônica na década de 70. A ideia é utilizar métodos, tecnologias e materiais da arquitetura e da engenharia INDUSTRIAL em edifícios de uso residencial, comercial e institucional.
As principais características desta corrente são:
- Exposição dos sistemas técnicos (elétrico, hidráulico, ventilação, circulação);
- Uso intenso de cores vivas e acabamentos metálicos;
- Vedação com painéis industrializados e vidro;
- Espaços internos de máxima eficiência, jamais perturbados por elementos estruturais ou caixas de circulação vertical.
Agora adivinhe qual foi o primeiro exemplar de edifício High-Tech? Isso mesmo: o Centre Pompidou!!!
Ele foi inaugurado em 1977. Sua arquitetura utiliza os elementos tecnológicos como objetos estéticos. Isso tem duas consequências imediatas:
Externamente fica fácil determinar a localização de cada estrutura, com suas tubulações aparentes e cada cor representando um tipo de uso: branco para os maiores dutos de ventilação subterrânea, verde para condutores de água, azul para condutores de climatização, amarelo para cabeamento elétrico e vermelho para circulação vertical (elevadores, escadas rolantes e escadas de emergência).

EXTERNAMENTE AS TUBULAÇÕES APARENTES USAM CORES PARA DETERMINAR SUAS FUNÇÕES. Foto: parisporpaulopereira.com

BRANCO, AZUL, VERDE, AMARELO E VERMELHO. CADA COR REPRESENTA UMA FUNÇÃO. Foto: Alessandra Palmezan

DETALHE DA ESTRUTURA METÁLICA DA FACHADA. Foto: Alessandra Palmezan
Internamente o espaço fica totalmente livre e desobstruído para servir às funções do museu.
Nesta animação de apenas 1 min fica fácil entendermos a concepção do projeto, “camada” por “camada”:
PARA OS
VIAJANTES:
Para complementar esta salada cultural, a grande esplanada em frente à entrada principal do museu é um verdadeiro teatro a céu aberto, com atores e atrizes fazendo suas interpretações solitárias, artistas pintando quadros, retratos, charges, etc, músicos tocando seus instrumentos, parisienses aproveitando seus dias, lendo seus livros e muitos turistas curiosos se deliciando com toda essa atmosfera.

A GRANDE ESPLANADA EM FRENTE À ENTRADA PRINCIPAL É UM VERDADEIRO TEATRO A CÉU ABERTO. Foto: parisporpaulopereira.com

MUITOS TURISTAS CURIOSOS SE DELICIAM COM TODA ESSA ATMOSFERA CULTURAL. Foto: Adriano Gronard
Vale a pena subir pelas famosas escadas rolantes na fachada do edifício até o último andar e passear por uma belíssima vista dinâmica de Paris.

DO INTERIOR DAS ESCADAS ROLANTES, UMA INCRÍVEL VISTA PANORÂMICA DE PARIS. Foto: Yair Haklai

AS ESCADAS ROLANTES DE ACESSO AO EDIFÍCIO SÃO A MARCA REGISTRADA DO CENTRE POMPIDOU. Foto: Alessandra Palmezan

NO LOGO DO CENTRE POMPIDOU RECONHECEMOS FACILMENTE AS ESCADAS ROLANTES DE SUA FACHADA. Logo: Jean Widmer.
Clique no vídeo abaixo para acompanhar este incrível trajeto:
Outra dica é a pequena praça lateral ao edifício, Place Stravinsky. Lá estão esculturas em resina plástica chamadas “Nanas”, que em português significa “Garotas”.
As esculturas são montadas em móbiles de ferro que ficam em um espelho d´água e se movem.
Lindo!!!

MÓBILES EM FERRO E ESCULTURAS EM RESINA PLÁSTICA NA PLACE STRAVINSKY. Foto: Rui Ornelas
Visite também a reprodução do atelier do artista romeno Constantin Brancusi. O escultor doou ao Estado Francês todas as suas obras, na condição de o estúdio ser instalado em um museu em sua totalidade (atelier + obras).
E essa reprodução está bem aqui, no Centre Georges Pompidou!

REPRODUÇÃO DO ATELIER DE CONSTANTIN BRANCUSI. Foto: © Modernism.ro – Posted by: Cosmin Nasui

O ESCULTOR DOOU AO ESTADO FRANCÊS TODAS AS SUAS OBRAS. Foto: © Modernism.ro – Posted by: Cosmin Nasui
Leve para casa
Mesmo sem ir até Paris, você pode ter na sua casa objetos e acessórios do Centre Pompidou.
Acessando o site do Beaubourg você pode visitar a boutique e fazer compras online! Lá você encontrará livros, artigos de papelaria, bolsas e acessórios, objetos de decoração para a casa, coisinhas para a criançada e conteúdo multimídia.
VISITE:
COMO CHEGAR:
Metrô: Rambuteau (linha 11), Hôtel de Ville (linhas 1 e 11), Châtelet (linhas 1, 4, 7, 11 e 14)
RER: Châtelet-les Halles (linhas A, B e D)
Ônibus: 29, 38, 47, 75
Vélib: estação nº4020 em frente à 27 Rue Quincampoix, estação nº3014 em frente à 34 Rue Grenier Saint-Lazare, estação nº3010 em frente à 46 Rue Beaubourg
Autolib: estação na 204 Rue Saint-Martin, Estação na 36 Rue du Temple
Estacionamento Centre Pompidou: entrada na 31 Rue Beaubourg. Reserve a sua vaga no site parkingsdeparis.com, parceiro do Centre Pompidou
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
Centre Pompidou:
Todos os dias das 11h às 22h (as áreas de exposição fecham às 21h)
Quintas-feiras até às 23h (apenas exposições no nível 6)
Abertura excepcional até às 23h às segundas-feiras para a exposição Magritte
Bilheterias atendem até 1h antes do fechamento
Atelier Brancusi:
Todos os dias das 14h às 18h
Bibliothèque Publique d´Information:
Segunda a sexta-feira das 12h às 22h
Sábados, domingos e feriados das 11h às 22h
Fechado às terças-feiras e 1º de maio
PARA MAIORES INFORMAÇÕES ACESSE O SITE www.centrepompidou.fr/en/
Agora é só comprar as passagens e se jogar nesse caldeirão cultural.
PARIS, JE T´AIME TELLEMENT!!!
Au revoir!
ALESSANDRA PALMEZAN | ADRIANO GRONARD
Texto: Alessandra Palmezan